Tradição que atravessa gerações
A pequena cidade mineira de Lagoa Dourada, localizada no Campo das Vertentes, acaba de conquistar um título para chamar de seu: a “Capital Nacional do Rocambole”. Essa deliciosa iguaria é uma tradição familiar que remonta à descendência libanesa dos moradores locais, começando sua produção em 1907.
Lagoa Dourada já era conhecida como a “Capital Mineira do Rocambole”, e quem percorre a estrada de Belo Horizonte em direção a São João del-Rei ou Tiradentes não consegue resistir ao encanto das três icônicas lojas de rocambole espalhadas pelo centro da cidade, próximas à Igreja do Rosário.
Fortalecendo a cultura local
O gestor da Instância de Governança Regional Trilha dos Inconfidentes e presidente da Federação dos Circuitos Turísticos do Estado de Minas Gerais (Fecitur), Marcus Vinícius da Costa Januário, comemorou o reconhecimento oficial: “Agora, o rocambole de Lagoa Dourada estará em destaque nacionalmente. Os visitantes terão a oportunidade de provar os mais de 17 sabores desse doce tradicional, que já era famoso e agora será ainda mais conhecido.”
O título de Capital Nacional do Rocambole traz benefícios não apenas para a cidade, mas para todo o estado de Minas Gerais. Além de atrair mais visitantes e impulsionar a economia local, a conquista pode servir como estímulo para o desenvolvimento de produtos gastronômicos regionais, valorizando ainda mais a rica culinária mineira.
Um pouco da história de Lagoa Dourada
Lagoa Dourada, a apenas 150 km de Belo Horizonte, possui mais de três séculos de história. A receita do famoso rocambole é resultado do casamento entre Miguel Youssef, um libanês, e Dolores, natural de Lagoa Dourada. O casal começou a produzir o doce e outros quitutes em um estabelecimento próximo ao ponto de ônibus da linha São João del-Rei/Lagoa Dourada. A partir daí, o amor pelo rocambole passou de geração em geração e se espalhou por toda a cidade.
Outros títulos Brasil afora
Assim como Lagoa Dourada, outras cidades brasileiras se destacam em diferentes áreas e possuem títulos que evidenciam suas especialidades. Na gastronomia, temos São Joaquim (RS) como a Capital Nacional da Maçã, Atibaia (SP) como a Capital Nacional do Morango, Cerro Azul (PR) como a Capital Nacional da Ponkan, Gramado (RS) como a Capital Nacional do Chocolate Artesanal, Blumenau (SC) como a Capital Nacional da Cerveja e Salinas (MG) como a Capital Nacional da Cachaça.
No campo da literatura, Passo Fundo (RS) carrega o título de Capital Nacional da Literatura, enquanto Taubaté (SP) é conhecida como a Capital Nacional da Literatura Infantil. Já na cultura, destaque para Parintins (AM) como a Capital Nacional do Boi Bumbá, São Luís (MA) como a Capital Nacional do Bumba Meu Boi, Olímpia (SP) como a Capital Nacional do Folclore e Barretos (SP) como a Capital Nacional do Rodeio.
No âmbito da música, Campo Grande (MS) é a Capital Nacional do ritmo Chamamé, e Joinville (SC) é a Capital Nacional da Dança. E, por fim, na categoria natureza, temos Urupema (SC) como a Capital Nacional dos Botos, Holambra (SP) como a Capital Nacional das Flores, Ipê (RS) como a Capital Nacional da Agricultura Ecológica e Ijuí (RS) como a Capital Nacional das Etnias.
